sábado, 22 de janeiro de 2011

A BRISA MORNA DE UMA NOITE DE VERÃO

A brisa morna em uma noite de verão entrava pela janela aberta fazendo ondular a leve cortina branca e arrepiando a pele morena do corpo nu, deitado de lado sobre a cama.
Ele sentia os pequenos arrepios e interrogava-se onde ela andaria naquele momento.
Nos limbos que medeia o sono, a consciência percebeu a cama oscilar e sentiu-lhe o cheiro que lhe fazia voltar ao passado cheio de prazeres...
O cheiro doce do corpo dela misturado com o cheiro de morango com chantilly.
O seu corpo semi-adormecido reagiu com violência ao cheiro que lhe era tão familiar,
Mas ele não!
Sentiu um gemido rouco sair-lhe da garganta, quando a língua húmida deslizando ao longo da sua costa e despertou-se por completo ao sentir os dentes dela roçarem de leve o seu ombro.
Virou-se para abraçá-la e beijou-a com violência sentindo as línguas num duelo excitante com os cabelos dela a percorrer-lhe a face... Ela gemeu o seu nome e ele soube que naquele momento ela poderia fazer o que quisesse dele, porque ninguém nunca havia dito o nome dele dessa forma que mais parecia uma carícia, para que segundos depois senti-la morder a barba mal feita do seu queixo...
A intensidade do prazer o fez agarrar as ancas dela com força e perante a súplica nos olhos dela, deslizou para dentro dela num encaixe perfeito.
Viu sentar-se altiva em cima dele...
Os olhos brilhantes fixos nele...
A voz rouca que o excitava e o enlouquecia...
Depois a viu inclinar a cabeça para trás perdida num prazer primordial...
Quando os olhares de ambos voltaram a se encontrar num vai e vem das ondas de prazer, ele soube que não estava mais no seu quarto, estava num tempo muito distante e ela era uma feiticeira que o hipnotizava com o olhar que detinha toda a sabedoria e prazer do mundo...
E depois já não era uma feiticeira nem ele um homem seduzido, era antes um só! Uma alma dividida por dois corpos que finalmente unia as suas duas partes...
Depois eram milhares de fragmentos resultantes de uma explosão de estrelas...
E depois era ela novamente e sussurrava incoerências ao seu ouvido e ele era novamente ele perdido nas incoerências que o prazer lhe ditava.
Quando as marés vivas da paixão era o lugar às águas serenas de um lago, numa tarde de Verão a cabeça dela estava sobre o seu peito e lhe sentia a respiração ainda irregular, soube que ela era tudo o que ele imaginara momentos atrás pelo simples motivo que ela era ela, a mulher dos seus sonhos.



Por: Cerejinha =)

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei da historia.
Espero que escreva sempre, pois, virei seu fã n°1!

xD

*Erik